sábado, 23 de novembro de 2013

IMPRESSÕES DA ERA.

O ano é 2.013 DC.
Nas escolas já estão ensinando que o mérito está na covardia.
Que a família é a germe da destruição.
Que a introspecção é o exercício do egoísmo.
Ter consciência do certo e do errado é alienação.

Que Deus não existe!
A religião? É a humanista-ecumênica. O pleito deve ser dirigido ao panteísmo. E que o balcão do Estado é o altar.
Que os desejos primitivos devem prevalecer acima dos valores que fundearam a civilização.
A obediência? Dirigida só ao Estado.
Os Mandamentos? Estes devem ser desprezados!
A confissão dos pecados, dos mais leves pecados? Só na mesa da delegacia.

Que os pais não têm direitos na educação dos filhos.
Que os filhos devem delatar os pais.
Ensinam que as mães devem ser impedidas de infundirem os valores religiosos, morais e éticos aos filhos.
Possuir o bom caráter é uma demência.
Que o bandido é a vitima.
Que a vítima do malfeitor, é um agente provocador.
O aluno agressor: é o justiceiro.

Nas praças dizem:
Que o currículo do corrupto é o que deve ser escolhido.
Que a ideologia assassina, é a que deve moldar a sociedade.
Que a verdade está explicita no relativismo.



Que o herói, o verdadeiro herói, este, é um ser desprezível.

Que o inimigo é o herói!

Enquanto a civilização segue confiante rumo às pavorosas profundezas;
Enquanto conjura contra a sua existência:
O Natal deixou de ser a data da Natividade.
Cristo transformado numa lenda.

2.013 DC.

Que o DC é apenas um dístico da era.

domingo, 10 de novembro de 2013

AS ESTRANHAS VISÕES DO LUÍS

Luís, um velho conhecido sofre de um sintoma muito esquisito.
Em algumas situações: quando assiste os noticiários de televisão ou comentários sobre economias e política, ele vê no rosto do apresentador ou do comentarista transformações horripilantes, assustadoras; caretas; monstruosas mesmas.

O fato se repete com alguns interlocutores durante conversas pessoais.
Certo dia, numa conversa o interlocutor, um professor, citou como exemplo de vida um destes tumultuados jogador de futebol. De imediato lá no rosto do professor, o Luís viu a carranca.
Só ele as vê.

Passado os primeiros instantes as expressões desaparecem e tudo volta ao normal.
Estas manifestações, lembra o Luís, no início eram esporádica.
Espaçadas. Longos espaços de tempo se passavam entre uma e a outra.
Logo após perceber a transformação na face da pessoa e, quase imediatamente, a desfiguração desaparecia, com o semblante da pessoa voltando ao natural.
Em 1988, o mal deu sinais de agravamento.
Quando assistia pela televisão o deputado Ulisses Guimarães anunciando a nova constituição, pumba..! Lá veio a crise.

Nesta oportunidade, diferentes das outras, o sintoma permaneceu durante o todo o tempo em que a imagem do deputado permaneceu no ar.
E só o Luís viu a desfiguração no rosto do deputado.
Foi o primeiro caso de tempo integral.

Eventos da mesma magnitude retornaram em 2002, em 2005 (coincidentemente o ano que estourou o escândalo do mensalão) e em 2010.
Depois, destas datas tudo voltou ao normal. Ou seja, as terríveis aparências voltaram ao ciclo anterior: aparecer e rapidamente desaparecer.

Até que o Luís já tinha se habituado com a esquisitice.
Dias destes, na fila para o caixa do banco, enquanto aguardava a sua vez, o Luís notou a mutação no rosto de um idoso, que conversava animadamente com o caixa do banco.
Sem saber o motivo para a crise, ele não percebeu na sua fila, logo a frente um jovem simulando paciência, aguardava a sua vez.

O jovem que trabalha num escritório próximo tinha apenas a hora do almoço para ir ao banco e depois almoçar.
Enquanto isto, o velho conversador, tomava a vez e o tempo, deste jovem e dos demais, tagarelando alegremente com o caixa, as aventuras que teria no baile da terceira idade; que iria após sacar o dinheiro.

O fato é que o Luís tem lutado arduamente contra o fenômeno, buscando tratamentos psiquiátricos, na tentativa de descobrir a causa da sua síndrome.
Ele não percebeu as coincidências e as circunstâncias que o mal o acomete.

Não lembra ter sido acometido do mesmo distúrbio ao ouvir a noticia da criação da lei preferencial para os idosos. Tira-se a educação do berço familiar para impor as leis do Estado.

Não lembra: sempre tem a crise, ao ouvir nos noticiários as notas ofensivas aos professores, estes agredidos por alunos.

Não lembra: as constantes crises, quando as Mirian’s das televisões transmitem notícias: A inflação está sobre controle. Diz ela; dizem eles.

Não se lembra das crises em algumas missas quando uns e outros padres as transformam em qualquer coisa mundana, menos no sacramento da missa.

Da crise quando o Cesari Batistti foi mantido no Brasil; e de quando devolveram os esportistas cubanos que pediram asilo.

Quando...

domingo, 3 de novembro de 2013

BERLIM, 1930!

Déjà vu.

Anos trinta, na fase inicial do nazismo a Alemanha vivia um otimismo.
Não esperança! Otimismo, um infundado otimismo.

Após a derrota na Primeira Grande Guerra, já no final da experiência democrática da República do Weimar, no plano econômico a Alemanha iniciou o seu ressurgimento como potência; O nazismo com a máscara do germanismo .

Já no aspecto humanista, a história foi outra!
Não seria mal se mantivesse apenas a tradição germânica quanto a disciplina no trabalho e na atividade social;  sem a ênfase ao militarismo.

Não! O partido nazista não fez isto. O seu neo-germanismo (utilizando a semântica da nova era), foi além; chegou ao fundo do poço, na sua concepção de raça.

Nesta fase, o nazismo, tendo Berlim como ícone, e, tal como na implantação do comunismo na Rússia, mostrou ao mundo onde pode chegar a selvageria, como política de Estado e de metodologia social.

A propaganda foi utilizada em larga escala como ferramenta para imbecilizar e controlar a mente da massa.
Para os nazistas, bem como para os comunistas, a violência é justificada como parte da política.

Nas ruas, prevaleceram cenas de quebradeiras, agressões, espancamentos, lojas saqueadas, pessoas hostilizadas em nome de uma causa (movimentos, ditos sociais sempre se escondem atrás de variados títulos para a sua “causa”).

Nestas condições, as pessoas apresentadas como formadoras de opiniões: artistas, apresentadores de televisão, cronistas de jornais, justificam os desmandos intitulando a violência com singelas palavras: é um movimento pacifico!; apenas manifestações pela paz; só manifestantes; pedem a paz; são defensores do direito; e por aí vai.
Fazem do pasmado cidadão uma cópia do berlinense da década de trinta. 
Tudo com a ilusão de criar um futuro, que nunca se realizará.

A diferença geográfica e dos métodos aplicados não invalidam a comparação entre 1930 e hoje.
Lá, nos anos 30 a promessa da limpeza étnica. A disciplina ariana.
Hoje, os recursos estatais em benefício à cultura do ócio. O resultado do labor sendo confiscado pelo Estado.

Lá, a promessa do emprego, embutida com o desprezo a moral e descriminando os indivíduos. 
Hoje como lá, os apadrinhados, usando os mecanismos do Estado e da Mídia para a sua proteção contra as ações destruidoras dos vândalos operacionais; que não passam de seus meros fantoches. 

Lá, a promessa aos militares do rearmamento, mesmo escamoteando a real intenção: ditadura!
Hoje, a promessa aos militares de fortalecer as Forças Armadas, tornando-as gloriosas e nacionalistas. Mesmo deixando-as a pão e água.
Ah sim! Nas Sextas Feiras, nem isto.

Lá, os comícios.
Hoje, os anúncios televisivos.

Lá, o ocultismo.
Hoje, o ecumenismo social; seja o que for isto.

Lá, a idolatria ao obscurantismo. 
Hoje , a veneração a ignorância.